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Um Caminho de Santiago de Compostela não tão comum

Foto do escritor: Mariana DiasMariana Dias

O livro dessa semana será o Viagens Transformadoras de Bárbara Lins, a escolha deste livro foi simplesmente pelo seu título, pois ele faz muito sentido, pois eu penso que cada viagem te transforma, você nunca volta a mesma pessoa, imagina quando volta do Caminho de Santiago de Compostela.


Esse livro é um pouco diferente dos outros dois que já falamos (se ainda não leu os outros resumos clica aqui para ler o resumo do livro Via Láctea e aqui para o Se eu Quiser Falar com Deus), pois aqui a autora faz um resumo de si mesma, dos seus sentimentos, do que ela buscava.


Outra diferença é que o caminho que a autora escolheu realizar é o caminho primitivo. Assim, já falamos do Caminho Francês, Caminho Português e agora vamos ao primitivo.


Primeiros pensamentos

Já no prologo a autora Bárbara Lins nos convida a entender um pouco o que ela estava passando:


"Tinha acabado de chegar ao aeroporto. Trazia comigo uma mochila nas costas e a certeza de que não podia ficar onde estava. O problema é que não sabia para onde ir…"


Muitas vezes nos sentimos perdidos, sem rumo, sem saber para onde ir. Exatamente como o relato da autora. E nesses momentos uma viagem pode fazer toda a diferença, ainda mais quando não se trata de uma simples viagem como o caso do Caminho de Santiago de Compostela.


Então Bárbara Lins fala um pouco mais a seu respeito já início do Capítulo 1:


"Eu tinha 29 anos. Dizem que essa é a idade do Retorno de Saturno - segundo a astrologia, é um período da nossa vida marcado por profundas mudanças, que acontece entre os 28 e 32 anos. Mas não é como se uma fada madrinha apontasse a varinha de condão para seu nariz e.. uau, quanta belezura! Não… É uma onda gigantesca que vem com tudo e te sacode, te vira do avesso e te deixa confusa arranhada, com o biquíni cheio de areia e o cérebro inundado pela água salgada. É mais ou menos isso. E foi o que aconteceu comigo. Tudo de uma vez!"


Esse é exatamente o momento que estou vivendo, estou na idade do Retorno de Saturno, farei minha peregrinação aos 31 anos. E posso entender um pouco do que Bárbara Lins está nos dizendo.


Com esses dois pequenos trechos, que trazem muito do momento em que a autoria vivia ao iniciar sua peregrinação vamos então aos momentos marcantes do livro.


Quais passagens do livro sobre o Caminho de Santiago que mais fizeram sentido?

Aqui a autora fala do bichinho que te morde quando você começa a viajar, conhecer outras culturas abre a sua mente e para você sempre é necessário conhecer novos lugares, ficar parado no mesmo lugar parece algo muito chato e monótono.


"E, a cada fascículo novo, era um destino que colocava na minha lista de desejos. Como já tinha começado a ouvir minha criança interior… de um jeito ou de outro, iria viajar mais. (Bárbara Lins, pg. 21)"


Na próxima passagem a autora relata o que lhe foi dito:


Quando você se curar, se cuidar e se amar, aí sim, mesmo sem querer, você será capaz de curar, de cuidar e de amar o mundo. - ela reforçou. (Bárbara Lins, pg. 28)"


E isso é realmente verdade, não podemos ajudar a curar os outros se ainda não nos curamos, não é egoísmo é saber que não se pode plantar uma flor em uma terra que não tem vida. A flor só nasce numa terra bem cuidada e adubada.


Um trecho que me chamou muito atenção tem a ver com a bota:


"Se eu sobrevivesse àquela aventura, me sentiria mais segura para encarar o Caminho de Santiago. Assim, sem pensar duas vezes, assinei o contrato e comprei uma bota de trilha do mostruário deles - nem isso eu tinha.(Bárbara Lins, pg. 33)"


Foi exatamente o que eu pensei, eu não tinha nem uma bota para percorrer meu caminho, mas assim que escolhi e decidi comprar tive a certeza que a peregrinação iria acontecer. É curioso pensar o que um simples bem material pode nos proporcionar em certas circunstâncias.


Aqui vai uma dica que todos precisamos estar atentos no nosso percurso:


"Após reclamar das dores por todo o meu corpo, fui presenteada com uma aula valiosa. Descobri que vaselina é minha melhor amiga, assim como os relaxantes musculares, os cadarços bem apertados e a mochila encaixada corretamente no quadril. (Bárbara Lins, pg. 61)"


Neste trecho Bárbara nos lembra dos nossos medos e faz algumas correlações interessantes:


Carregamos na mala todos os nossos medos. Quem tem medo do frio, enche a mala de agasalhos; quem teme doenças, a entope de remédios. Meu maior medo era me perder, por isso tinha levado aquele monte de mapas inúteis. (Bárbara Lins, pg. 62)"


Todos temos medo, o medo faz parte de nossas vidas, mas precisamos aprender com eles e não deixar que os nossos medos nos impeçam de realizar algo. Ainda não sei qual medo irei carregar na minha mochila, mas isso fica para o Diário do meu caminho.


E a respeito do medo continua:


"Jurei para mim mesma que até o fim da viagem eu eliminaria grande parte do medo existente naquela mochila. (Bárbara Lins, pg. 62)"


Em nossas vidas usamos muitas máscaras, vivemos muitos eus que não são nossos, e aqui a autora nos faz pensar um pouco a respeito:


"Mais tarde naquele dia, fiquei pensando em como tínhamos a tendência de criar personagens para nós mesmos. Eu sempre repetira que odiava frio e que virava uma monstrinha quando estava com fome. Mas depois daqueles dias intensos, em que eu conseguira agir de forma diferente e mais corajosa, tinha bons motivos para questionar a legitimidade daquela personagem. E se eu não fosse nada daquilo? E se não fosse quem disseram que eu era a vida inteira? E se eu pudesse ser outra pessoa? E se, mais do que poder… e se eu fosse outra pessoa? (Bárbara Lins, pg. 70)"


Com esse trecho fica uma reflexão: Você conhece seu verdadeiro eu? Ou você vive um personagem até para você mesmo?


E mais uma vez percebi em outra leitura que o caminho nos dá o que precisamos, nem sempre o que queremos:


O caminho te dá o que você precisa. A cada dia essa frase que eu ouvira lá no começo da viagem fazia cada vez mais sentido.(Bárbara Lins, pg. 74)"


Muitas vezes quando comentamos para outras pessoas que iremos realizar a peregrinação para o Caminho de Santiago as pessoas não entendem, não conseguem pensar como uma pessoa escolhe fazer uma viagem que pode ser tão dura. E isso também aconteceu com a autora:


"Quando me perguntavam por que eu queria vivenciar uma experiência tão desconfortável como encarar o caminho primitivo, respondia que o faria pela vivência em si, não estava buscando conforto. (Bárbara Lins, pg. 86)"


E em outro trecho a autora nos faz refletir sobre nosso verdadeiro eu:


"Uma vida inteira tentando ser perfeita. Ser independente… quando na verdade tudo que eu mais queria neste mundo era me sentir unida. Para alcançar isso eu teria que abandonar aquela couraça, o escudo que me proporcionavam uma aparente segurança, mas que na verdade só me afastava do melhor que as pessoas podiam oferecer. (Bárbara Lins, pg. 103)"


Partindo para os trechos finais desse resumo apresento a seguinte frase do livro:


"Como tudo na vida, é a história e o significado que damos às coisas que fornecem o valor que elas têm. (Bárbara Lins, pg. 117)"


E para finalizar termino com um trecho sobre as viagens:


"Em toda viagem que nos é cara, excitação e medo vêm juntos. No fundo, sabemos que ninguém sai ileso de uma viagem. Ela tem o poder de nos transformar, tocar, fazer com que nos sintamos vivos. (Bárbara Lins, pg. 131)"


Por fim, assim como Bárbara Lins entendo cada viagem como uma Viagem Transformadora, você nunca sai ileso de uma, você sempre muda um pouco e eu acredito que para melhor.


Bom Caminho.

Abraços,

Mariana Dias.

 

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