O livro "Se eu quiser falar com Deus" foi o primeiro livro sobre o Caminho de Santiago de Compostela Português que eu li. E que livro encantador, uma leitura realmente tocante. Não havia recebido nenhuma indicação dele, mas a sua capa me chamou muito a atenção, junto com seu título, me trazia uma paz, uma alegria, que logo pensei, preciso ler este livro. E assim fiz, ou melhor devorei.
Este livro é daqueles que a gente não consegue se controlar e acaba lendo tudo de uma só vez.
É uma viagem transformadora do caminho, que apresenta paisagens incríveis e nos faz sentir tudo aquilo que o autor nos passa.
Primeira impressão
Eu esperava muito do livro e posso dizer que não deixou nenhum pouco a desejar. A escrita leve de Dimas Mietto, sua maneira de nos relatar seu caminho foi encantador.
Até o momento o livro é O LIVRO para mim. É aquele livro que guardo com carinho e que indico a todos os peregrinos que buscam um bom livro sobre o caminho. E até para aqueles que buscam uma excelente leitura que fuja dos tradicionais assuntos.
Algo que me chamou muito a atenção no caminho de Dimas Mietto, é que ele sempre anotava frases que faziam sentindo para ele em cada dia. Elas eram como resumos de seu percurso, e muitas vezes um ensinamento para vida.
Quais os maiores ensinamentos que poderá ter com este livro sobre o Caminho de Santiago?
Em primeiro lugar para quem vai fazer o Caminho de Santiago de Compostela Português é praticamente obrigação ler esse livro.
Digo isso, não somente pelas informações a respeito dos trechos que o autor apresenta, mas também pela emoção que ele nos trás, pelo aconchego no coração que você sente ao ler este livro.
Então, vale a pena a leitura também para quem pretende fazer os outros caminhos, vai que você fique tão tocado pelo livro e resolva fazer em uma próxima peregrinação o Caminho Português.
Então vamos ao livro!
O autor iniciou seu caminho a partir de Lisboa, e relata as dificuldades que enfrentou no trecho Lisboa-Porto, por ser um trecho não muito realizado. Eu por exemplo irei sair de Porto na minha primeira peregrinação à Santiago.
Antes de entrarmos nos trechos mais marcantes do livro, gostaria de falar sobre as fotos, são fotos simples, quase sempre de paisagens, mas fotos que realmente são lindas. Me sentia em cada foto, vendo aquelas belas paisagens e sentido o aroma das flores.
Logo no inicio do livro o autor destaca uma frase de Rumi, poeta persa do século 13:
“A sua estrada é somente sua. Outros podem, acompanhá-lo, mas ninguém pode andar por você.”
E como faz sentido essa frase, não é mesmo?
Nossa estrada é única, e cada um de nós deve ser responsável por ela, não podemos dar o comando de nossas vidas a outras pessoas, precisamos sempre estar no comando. E acima de tudo em nossa estrada precisamos sempre entender que o ser é muito melhor do que o ter.
No primeiro dia de peregrinação de Dimas Mietto, a frase que o autor escreve em seu diário é muito tocante:
“Às vezes precisamos ser carregados.”
Essa frase é muito importante para ser refletida. Quantas vezes o seu orgulho te impediu de pedir ajuda, quantas vezes você sentiu vergonha de pedir ajuda? Precisamos ser mais humildes e melhores com nós mesmos e entender que sim, muitas vezes precisamos ser carregados.
O autor também relata sua relação com Deus, do quanto estava afastado e do quanto tudo o que passou pelo caminho o fez sentir-se mais próximo de Deus mais uma vez.
Muitas vezes observo relato de peregrinos que se incomodam com os famosos turisgrino, pois acreditam que todos deveriam fazer o caminho com fins religiosos, mas acredito que cabe a cada um o seu motivo, e ninguém deve questiona-lo, pois não cabe a nós julgarmos.
Assim, acredito que o caminho muitas vezes é realizado por vários motivos, pelo menos irei fazer com diferentes objetivos (mas isso é assunto para outro poste). E a partir disto a frase do 4° dia de peregrinação do autor me faz muito sentido:
“Aproveite o seu dia e não tenha medo de desfrutá-lo.”
Assim, tentarei ao máximo aproveitar cada dia, conhecer cada cidade, conhecer as diferentes culturas de cada pequena região que estiver. Mas claro, no dia em que os pés doerem desfrutarei o descanso, no dia que eles permitirem desfrutarei a cidade.
Chegando ao 6° dia me deparo com uma cidade que já conhecia, era Tomar, e rapidamente reconheci na foto o Convento de Cristo. Tanto a cidade quanto o convento são encantadores, é um lindo lugar que já tive o prazer de conhecer. Se quiser saber um pouco sobre o Convento de Cristo clique aqui e leia meu post sobre os mosteiros de Portugal.
No 9° e 10° dias do autor tive a mesma emoção interior, eu conhecia aquele local, era Coimbra, uma cidade encantadora. E além dos relatos do autor sobre a cidade, que me levaram de volta para lá, sua frase do dia 9 me fez refletir:
“Enxergarmos ao redor o que existe dentro de nós.”
E isso me fez refletir: não importa onde estejamos, qualquer lugar tem algo de bom e de ruim, de bonito e de feio, assim como nós, mas precisamos sempre enxergar o que existe de melhor.
Já no 12° dia o autor traz uma linda reflexão:
“O amor faz diferença na vida.”
Sim, todo o amor seja ele como for, faz diferença em nossas vidas, o amor aos companheiros, aos familiares, aos amigos, mas principalmente o amor próprio, pois como podemos amar alguém se não amarmos a nós mesmo?
Em contraste com essa reflexão, temos a do dia 13°:
“Tem pessoas de quem gostamos, de outras não.”
Aceitar isso na vida é um grande passo para ser feliz livremente. Se nem Jesus agradou a todos, quem dirá cada um de nós reles mostrais.
Dando continuidade, o 14° dia me fez refletir bastante:
“Há dias chatos na vida, e eles fazem parte da nossa história.”
Com as mídias sociais bombando, e muitas vezes com as nossas horas olhando a “vida” alheia, muitas vezes nos sentimos frustrados, incompletos, achando até mesmo que nossa vida é uma droga. Mas as falsas impressões que as mídias sociais nos apresentam não podem nos influenciar, pois todos temos dias ruins. Como podemos saber se um dia é ruim se todos forem bons?
E, então chegou, o 16°, mais um dia de recordar uma cidade já conhecida, a cidade do Porto. E então ler a cada frase com mais atenção, pois a partir de agora seria o relato do meu caminho. A próxima viagem a Porto será totalmente diferente, terei uma perspectiva diferente da cidade dessa vez.
Assim como no resumo anterior (se ainda não leu clica aqui para ler), do livro Via Láctea de Guy Veloso, aqui Dimas Mietto também fala sobre coincidências no 17° dia, ou melhor, que coincidências não existem:
“Milagres acontecem.”
E, ainda retorna a esse tema no 20°e 24° dia:
“Tem coisas inexplicáveis nessa vida.”
“Pede e o Pai te ouvirá.”
E assim, com a seguinte reflexão final do livro encerro esse resumo:
“No fim de um longo caminho, o início te espera.”
Mais uma vez as questões sobre as coincidências não existirem retornam. Não acredito em coincidência, acredito que tudo que ocorre é um sinal da vida, um sinal que você pediu a Deus, um consolo, uma ajuda, um caminho.
E assim, a última frase do autor me representa: todo fim de um caminho é o início de algo novo, precisamos aceitar que todo ciclo tem um fim, e a cada final de ciclo um novo ciclo se inicia, para isso precisamos ter fé e determinação, além de não nos apegar e sempre estarmos abertos as coisas novas que virão.
Bom Caminho.
Abraços,
Mariana Dias.
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