Um dos livros mais conhecidos sobre o Caminho de Santiago de Compostela é o Diário de um Mago de Paulo Coelho, mas esse livro fala do Caminho Francês. Porém, este resumo trata do livro Caminho de Santiago - Peregrinação a partir de Portugal de Celina Fioravanti, e lendo esse livro me senti em uma versão do livro Diário de um Mago só que em Portugal. Quer entender essa comparação? Então vem ler o resumo deste livro.
Achei esse livro por acaso, enquanto eu procurava livros sobre o Caminho de Santiago Português no Kindle. Resolvi li e algumas coisas me chamaram a atenção, e assim, nasceu esse resumo.
Quais passagens do livro Caminho de Santiago que mais fizeram sentido?
Vamos começar bem pelo começo, a autora Celina Fioravanti já no início do livro nos relata sobre o que ela buscou escrever sobre o Caminho de Santiago de Compostela Português.
“Não escrevi um diário, nem fiz um roteiro turístico. Preferi, neste trabalho, mostrar como o Caminho pode ser uma via que conduz a mudanças profundas, levando quem o trilha para uma nova fase da vida, se a pessoa se dedicar a fazer uma busca interior enquanto caminha. (Celina Fioravanti, pg. 65)”
Na sequência a autora nos fala sobre o que o Caminho Português representa:
“O caminho Português é um Caminho que permite força à alma, pois é o Caminho das conquistas, característica lusitana herdada dos Celtas. Quem o faz sempre realiza em sua alma uma modificação energética de valor, mas em seguida também recebe uma graça material. Quando começar sua caminhada, lembre-se de que não voltará dela a mesma pessoa que partiu. (Celina Fioravanti, pg. 98)”
Muitas vezes vejo esse relato do trecho acima: você não voltará a mesma pessoa que partir. E é exatamente o que eu penso, toda a viagem é transformadora (sobre isso tem um resumo do livro Viagens Transformadoras aqui no blog, clica aqui para ler).
Na sequência a autora fala sobre a polaridade do caminho, pode parecer um pouco estranho para algumas pessoas, mas quando você lê, pode fazer sentido para você, ainda mais se escolheu trilhar o Caminho de Santiago de Compostela Português.
“É isso que eu descobri ao caminhar para Santiago de Compostela: o Caminho Português possui polaridade complementar ao Caminho Francês. O Caminho Francês é a Via Solar, com polaridade masculina, sendo por isso mais seco e duro que o Caminho Português, que é a Via Lunar, de polaridade feminina, com características úmidas e acolhedoras. Um é o Caminho da luta, do uso da força física, de quem até o momento só fez conquistas materiais, é um trajeto cheio de pedras. O outro é o Caminho de quem faz conquistas pelo amor, é a rota da força da intuição, da capacidade emocional, é um caminho cheio de flores e verde. (Celina Fioravanti, pg. 107)”
E ainda sobre a polaridade do Caminho Português, a autora Celina Fioravanti explica sua escolha para realizar este caminho em especial:
“Minha atração pelo Caminho Português justificou-se com a descoberta de sua polaridade, uma vez que toda minha vida está voltada para as descobertas sensíveis e intuitivas, cujas conquistas me aproximam da energia feminina mais do que da energia masculina. (Celina Fioravanti, pg. 116)”
Além disso, a autora nos traz a ideia da complementação que existe entre o Caminho Português e o Caminho Francês no trecho a seguir:
“A direção seguida pelos dois caminhos confirma essa ideia de complementação. Ao trilhar o Caminho Francês, o peregrino parte do leste e caminha em direção ao oeste. O simbolismo do leste está ligado ao uso da mente, à aplicação racional da energia, à utilização lógica das potencialidades. Já o simbolismo do oeste, inclui conceitos como emoções, busca do desconhecido e sensibilidade intuitiva. Ao trilhar o Caminho de Santiago no sentido leste-oeste, o peregrino sai do que é mental e físico e vai buscar a sensibilidade, a força feminina ou a polaridade negativa, que complementam sua vida material. (Celina Fioravanti, pg. 125)”
E complementa sobre os caminhos:
“O Caminho Português parte do sul e segue numa linha direta para o norte. Entre os simbolismos do sul estão os anseios de conquistas materiais, uma certa falta de rumo e a necessidade de uma base material sólida. O norte representa simbolicamente a factura, a direção e a nutrição vista como emanação grata da Mãe Terra. Ao caminhar no sentido sul-norte, o peregrino sai de uma certa carência material ou falta de rumo definido para ir em busca de conquistas reais, que lhe permitam usufruir de sua vida material com plenitude. Quando dizemos que alguém precisa se nortear, queremos dizer que essa pessoa precisa encontrar uma direção, não é? (Celina Fioravanti, pg. 125)”
Muitas vezes as pessoas de fora não conseguem entender o porque você resolveu realizar uma peregrinação, ainda mais o Caminho de Santiago que está lá do outro lado do oceano. Mas de uma forma simples a autora dá uma boa resposta:
"Quando alguém decide empreender uma peregrinação, está dando a si mesmo um tempo para refletir sobre sua peregrinação na vida. Está, simbolicamente, revendo os passos já dados e planejando os passos futuros. Está também indo buscar energia renovadora. (Celina Fioravanti, pg. 241)”
Seguindo com a leitura a autora apresenta as sete palavras-chave da peregrinação, e eu achei todas muito interessantes e que merecem uma reflexão pessoal.
“As sete palavras-chave da peregrinação são: fé, esperança, caridade, sacrifício, humildade, reconciliação e religação. Exercer as seis primeiras só depende do peregrino, receber a última é uma decisão que vem de Deus e do peregrino, pois a religação acontece quando se trabalha para merecê-la. (Celina Fioravanti, pg. 283)”
Assim como a autora Celina Fioravanti eu também acredito que tudo que é para ser nosso será, nem sempre é o que queremos, mas sempre o que precisamos. E com isso apresento o trecho a seguir:
“Sempre acreditei que Deus tem tudo e que é de Sua Vontade tudo oferecer a seus filhos. Por isso, não devemos nos preocupar tanto com o futuro, pois aquilo que nos é realmente necessário, sempre será providenciado pelo Grande Pai. Quando estamos conectados com Deus, Ele é o Grande Guia, aquele que nos leva pelo caminho. (Celina Fioravanti, pg. 323)”
Vejo o caminho como o início, o início de algo novo, o início de um novo ciclo. A vida é feita de ciclos e precisamos aprender a lidar com eles, sempre que algum ciclo se encerra um novo se inicia. Precisamos sempre estar abertos para novos ciclos. E uma peregrinação para Santigo de Compostela inicia um novo ciclo em nossas vidas.
“O Caminho de Santiago é uma via iniciática e quando trilhamos sua rota estamos sendo iniciados. Ao terminar a caminhada, cada peregrino está dentro de uma egrégora mística composta por todas as almas peregrinas, faz parte de um grupo realmente especial. É especial como alma, não no sentido elitista de que é uma pessoa melhor que as outras. (Celina Fioravanti, pg. 519)”
O sucesso é relativo, não é mesmo? Normalmente o sucesso está no lado material, ter carro novo, ter dinheiro, está ligado simplesmente no ter. Mas devemos mudar nosso pensamento, ter sucesso é ter uma saúde, uma boa vida que não precisa ser luxuosa, poder realizar seus sonhos e uma família unida. E para você, o que é sucesso? Ainda pensa que sucesso só está relacionado ao ter?
“Nesta etapa, sugiro que medite sobre a questão do sucesso. Qual é o verdadeiro sucesso na vida e como você mede o sucesso de alguém. Com certeza vai ver que temos um conceito muito limitado sobre o que é ser bem-sucedido e que este conceito passa, na maior parte das vezes, pela capacidade de ganhar dinheiro. O verdadeiro sucesso é constituir uma família e ser bem integrado a ela, é produzir sempre, é manter seus amigos, é encontrar Deus. Reveja qual é seu conceito de sucesso e não menospreze suas conquistas. (Celina Fioravanti, pg. 1366)”
E por fim, após pensarmos no sucesso devemos pensar no entusiasmo, você é entusiasmada(o) com você mesmo?
“Como caminhante, você sabe que não é acomodado, mas será que há entusiasmo em você? O fogo do entusiasmo é vida, ele acrescenta dias e até mesmo anos à nossa existência. Sinta, ainda que cansado, um verdadeiro entusiasmo por sua peregrinação, não a faça por obrigação ou só porque quer alcançar uma graça. (Celina Fioravanti, pg. 1407)”
Mas porque este livro é uma versão do Diário de um Mago do Caminho Português?
Após a autora apresentar muitos detalhes como os que listei acima ela fala de exercícios a serem realizados ao longo do caminho, talvez não em um sentido tão metafórico e místico como os exercícios encontrados no livro Diário de um Mago de Paulo Coelho, mas não poderia deixar de relatar a respeito.
Enquanto lia os trechos dos "exercícios" a serem realizados em cada etapa ou em cada cidade eu lembrava dos exercícios relatados no Diário de um Mago. Talvez menos místico que o livro de Paulo Coelho, o livro de Celina Fioravanti apresenta exercícios mais religiosos para você fazer no seu caminho.
Achei interesse este relato da autora, mas não como norma ou algo que irei realizar, pois cada um tem o seu caminho e ele deve ser seu, preparado por você, sonhado por você.
Na sequência a autora passa brevemente sobre cada uma das etapas do Caminho, principalmente a partir de Tui que foi dali que ela iniciou propriamente dito seu caminho.
Alguns outros trajetos saindo de Portugal também são apresentados ao longo do livro. E com eles você percebe quantos e quantos caminhos diferentes existem e as diversas experiência que você pode ter com eles.
E ai, o que achou desse livro?
Bom Caminho.
Abraços,
Mariana Dias.
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